30 abril 2006
O que se passa contigo
amigo
os teus passos andam distantes
as tuas palavras são breves instantes
onde está o teu sorriso?
Sentes-te só e desiludido
tens experiências desconcertantes
sonhos recalcados tão importantes
sentes-te perdido.
Solta a lágrima que sufoca;
sente a vida! É tua!
Encontra a força que existe
num caminho que não recua.
Recomeça.
amigo
os teus passos andam distantes
as tuas palavras são breves instantes
onde está o teu sorriso?
Sentes-te só e desiludido
tens experiências desconcertantes
sonhos recalcados tão importantes
sentes-te perdido.
Solta a lágrima que sufoca;
sente a vida! É tua!
Encontra a força que existe
num caminho que não recua.
Recomeça.
28 abril 2006
Desdobro as palavras
com que nos amamos.
As palavras
com que jogamos
desdobro-as e procuro
somente
nem a semente
daquelas que andam
à deriva.
Gestos novos
poderemos ter.
com que nos amamos.
As palavras
com que jogamos
desdobro-as e procuro
somente
nem a semente
daquelas que andam
à deriva.
Gestos novos
poderemos ter.
19 abril 2006
18 abril 2006
16 abril 2006
15 abril 2006
metáfora de mim
não são rebuçados embrulhados em papéis multicolores
não são laços novos, bonitos e acetinados, para as tranças
não são cadeiras, de palha, pequeninas, para crianças
os meus sonhos, mas sonho
não são noites de trovoada, por relâmpagos, iluminadas
não são foguetes, em dias de festa, a estourar
não são balões inofensivos, inesperadamente, a rebentar
os meus choros, mas choro
e em mim anda, ainda, circunspecta, a banda no coreto a tocar.
não são rebuçados embrulhados em papéis multicolores
não são laços novos, bonitos e acetinados, para as tranças
não são cadeiras, de palha, pequeninas, para crianças
os meus sonhos, mas sonho
não são noites de trovoada, por relâmpagos, iluminadas
não são foguetes, em dias de festa, a estourar
não são balões inofensivos, inesperadamente, a rebentar
os meus choros, mas choro
e em mim anda, ainda, circunspecta, a banda no coreto a tocar.
14 abril 2006
12 abril 2006
"Perguntando o que era difícil respondeu:
'Conhecer-se a si mesmo'.
O que era fácil:
'Dar conselhos aos demais'.
O que dava mais prazer:
'O êxito'.
O que era divino:
'O que não tem princípio nem fim' (...)"
TALES DE MILETO, in Pensamentos da Grécia Antiga, Edições Nova Acrópole, 1993
'Conhecer-se a si mesmo'.
O que era fácil:
'Dar conselhos aos demais'.
O que dava mais prazer:
'O êxito'.
O que era divino:
'O que não tem princípio nem fim' (...)"
TALES DE MILETO, in Pensamentos da Grécia Antiga, Edições Nova Acrópole, 1993
"CANÇÃO DO TEMPO FUGAZ
A água corre, jamais regressa
à nascente da montanha.
A flor cai, jamais regressa
ao ramo que a sustentou.
Fugidio relâmpago, a vida,
apenas o sentir do seu passar.
Imutáveis Céu e Terra,
tão rápida a mudança em nosso rosto. "
in Poemas de LI BAI, poeta chinês, 1990
Trad.V. Graça Moura
A água corre, jamais regressa
à nascente da montanha.
A flor cai, jamais regressa
ao ramo que a sustentou.
Fugidio relâmpago, a vida,
apenas o sentir do seu passar.
Imutáveis Céu e Terra,
tão rápida a mudança em nosso rosto. "
in Poemas de LI BAI, poeta chinês, 1990
Trad.V. Graça Moura