03 abril 2006

aos meus avós



- ursinho -

procuro-me nos teus olhos
de brilho, estáticos.
Aperto-te contra mim;
pergunto-te por aquele tempo
em que me viram criança
crédula e calma.
Momentos de cristal,
avós de Pinhel.
Vitreos
como rios que correm
sem pressa,
como relógios que trabalham
quietos,
interrogam-me
sonhos de mel.

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