28 novembro 2006











cem dias de chuva
sem cessar
cem noites de vento
a murmurar
CUMPLICIDADE
entre o rio e o mar
MAIS DO QUE CORPO
MAIS DO QUE NOME


se eu chorar agora
o teu corpo ao relento
ninguém verá
só eu saberei
que cada lágrima desprendida
seca uma a uma pela chama
da lareira antiga, é por ti

se eu gritar nesta hora
o teu nome ao vento
ninguém ouvirá.
Só eu saberei
que esse grito de voz sofrida
e outro mais aflito que o eco declama
por mais longínquo rumo que siga
é por ti

..............................................
..........................ninguém viu
..........................por ti chorei
lágrimas, soluços em vão
e com este estranho lamento
escura, escura a noite ficou
..............................................
.......................se tu soubesses

..............................................
......................ninguém ouviu
........................por ti chamei
grito e eco bem alto voarão
..............................e o vento
nem um sinal te levou.
.............................só eu sei
..........................................

27 novembro 2006























se p`lo cordão umbilical dor bebia
ser feliz aqui não podia

22 novembro 2006

cicatriz sem túmulo

partem ruínas amadas
partem pátrias novas
memórias
triunfos.
Também hei-de partir um dia

cicatriz sem túmulo

só porque hei-de.












21 novembro 2006

Funchal Out.2006







































Não me deixes

tu não podes deixar-me;
tu nunca estiveste aqui.

"serenidade na turbulência"

08 novembro 2006