26 setembro 2006

o que não arde, nunca em cinzas se há-de transformar


Toca-me. Haverá em mim
a tremura
da folhagem ao vento
numa tarde vermelha.


Nos meus lábios, os teus lábios ancorados
num lento movimento de barco
nas águas do cais.


Adeus.

Para não te perder.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A paixão é das poucas coisas que dá sentido à vida...

27 setembro, 2006  
Blogger Ana P. said...

A simplicidade deste pequeno poema, é o que o torna maravilhoso.
Beijos

27 setembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Adorei este poema...o jogo de palavras, a habilidade com que se conjugam...parabéns! ;)...fiquei sem palavras :))...Beijinho

28 setembro, 2006  
Blogger Alex said...

Já tinha saudades destas tuas palavras soltas e sentidas.

Primeiro dás-lhe um beijo e depois dizes-lhe adeus. É uma despedida em forma de negação.



Beijinho para ti

28 setembro, 2006  
Blogger mni said...

Alex,

-só se perde o que alguma vez se teve-


beijo.

28 setembro, 2006  
Blogger Pierrot said...

Adeus para não te perder.
Amar é isso mesmo, por vezes é deixar ir embora porque assim tem de ser.
Fantástico
Eugénio

28 setembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

...estás triste.
:/

01 outubro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

"So se perde o que alguma vez se teve". É a maior das verdades! Sera que vale a pena conquistar alguem arriscando o prazer de o "ter" pelo sofrimento de o perder? Que te parece MNI?

01 outubro, 2006  
Blogger mni said...

anemona:
Que me parece? parace-me que sim!
até pq se começo a sentir o prazer de o "ter" não estou livre para pensar na dor de o perder!Assim, quando a perda acontece apanha-me desprevenida. No momento, o querer é o importante. Não tenho emenda. Não sei lutar contra isso: não sei, não quero, não tento.

13 outubro, 2006  

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