08 março 2006

nostalgia

Se páro para pensar
entre as mãos apoio a cabeça.
Não sei se pense se adormeça!

Ideais, sonhos, recordações.
Imagens.
Talvez outras miragens
retalhos de velhas canções.

Algumas letras talhadas a cinzel
numa pedra branca e fria.
Tinta em pedaços de papel.

Alguém que encontrei.

Alguma fotografia
que há muito já não via.
Porquê? Penso! Não sei.

Vejo cinza e um cinzeiro,
uma flor e um jardineiro
de algum sonho que sonhei.

O que desembrulhei, embrulhei.
Despi o que vesti
e nua, adormeci.